Pesquisa revela que quase 50% dos universitários entrevistados já fizeram uso de substâncias ilícitas
redacao@folhauniversal.com.brDa redação

As drogas estão cada vez mais presentes na vida de jovens e adolescentes. Um levantamento realizado pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), com 18 mil universitários brasileiros, revelou que 48,7% dos entrevistados já fizeram uso de substâncias ilícitas, sendo a maconha a droga mais consumida. Apontada como um dos principais motivos do aumento da violência urbana, as drogas são uma preocupação frequente dos pais, que querem proteger seus filhos.
De acordo com Patrícia Barboza, conselheira comportamental e colunista no blog de Cristiane Cardoso, as drogas são uma realidade em todas as sociedades. "A geração que hoje tem entre 12 e 18 anos vê seus ‘famosos’ já muito cedo com comportamentos e reações de viciados. Eles interrompem suas carreiras para serem internados em clínicas de reabilitação. Os jovens presenciam a subida meteórica e a queda trágica de quem se torna dependente de um vício. Abordar esse tema, enfatizando a ausência de futuro para quem se envolve com as drogas, é um bom meio para fazê-los pensar sobre o assunto; afinal, ninguém quer ser um fracassado na vida", ressalta.
Para a conselheira, o diálogo favorece a relação de confiança, já que uma vez os filhos vendo o interesse dos pais em fazer parte de suas vidas, terão mais liberdade em se abrir e contar as situações que vivem no dia a dia. Em casos em que os pais desconfiam de que o filho esteja se envolvendo com drogas, Patrícia afirma que essa desconfiança é uma espécie de "alerta", que surge na consciência dos pais para que eles tomem uma atitude. "É muito importante enfrentar a realidade e adiantar-se ao problema. Muitos pais, para evitar uma situação de conflito dentro da família, acabam adiando o assunto, e quando resolvem tomar uma atitude, o problema está fora de controle. O que certamente leva os jovens a uma curiosidade em iniciar-se nos vícios é o desejo de ser aceito pelo grupo, é a necessidade de ser ouvido e entendido. Para evitar isso, os pais devem ser o ponto de segurança que eles já não encontram em si mesmos e que buscam com avidez", pondera.

"Crendo naquele filho que ainda não veem, mas que têm a certeza de que existe e que será responsável, obediente e fiel. O desejo de ser livre tem que ser mais forte que a sensação passageira de prazer que a droga causa. Eu conheço vários casos de ex-viciados. Todos entregaram sua própria vontade para obedecer à vontade de Deus", assegura.
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